segunda-feira, 20 de julho de 2009

Deus

1 - Deus Criador

Deus é o criador de tudo o que existe, de todas as criaturas; da Natureza; do Universo, com todas as suas leis harmônicas. Segundo o grande cientista ALBERT EINSTEIN, “Deus é a Lei e o Legislador do Universo”

2 - Definição de Deus

Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

3 - Da Natureza Divina

Não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Para compreendê-lo, ainda nos falta o sentido próprio, que só se adquire por meio da completa depuração do Espírito.

4 - Atributos de Deus

Deus é a inteligência suprema;
Deus é eterno;
Deus é único;
Deus é imutável;
Deus é imaterial;
Deus é onipotente;
Deus é infinitamente justo e bom ;
Deus é infinitamente perfeito;
Deus é onisciente;
Deus é onipresente.

5 - Provas da Existência de Deus

Racionalmente, não é possível admitir um efeito sem causa.
A perfeição, a harmonia da natureza humana e do mundo exterior ao homem, só pode ser criação de um Ser Supremamente inteligente e sábio, o qual chamamos Deus.
Há no homem, desde o mais primitivo até o mais civilizado, a idéia inata da existência de Deus.
A razão, igualmente nos fala de Deus. Os sentidos fazem-nos conhecer o mundo material, o mundo dos efeitos: a razão revela-nos o mundo das causas.
Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.
A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos.
É possível também admitir Deus do ponto de vista racional:
. toda obra tem um autor;
. todo efeito inteligente manifesta uma razão que o criou;
. todo efeito tem uma causa;
. toda obra perfeita e harmônica revela um planejamento bem feito e inteligente.

Espíritos

1 - Definição de Espíritos

O Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material. A palavra Espírito é empregada aqui para designar a individualidade dos seres extracorpóreos e não mais o princípio inteligente.

2 – Como os Espíritos são criados

Os Espíritos tiveram princípio, pois são criações de Deus. São individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material. Deus cria os espíritos em todos os tempos, mas quando começou a criá-los nos é desconhecido.

3 – Origem e Natureza dos Espíritos

Segundo Kardec, os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. A natureza dos Espírito não é a mesma da matéria, sendo derivada da evolução do princípio inteligente, sendo que nesse sentido, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Os Espíritos são, portanto, a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. Deus cria os espíritos permanentemente, mas a época e o modo por que essa formação se opera nos são desconhecidos. Os Espíritos povoam os espaços infinitos, são imortais e são os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios.

4 - Forma e ubiqüidade

Em nosso nível de percepção os Espíritos não têm uma forma determinada, limitada e constante. Seriam como uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea, apresentando uma coloração mais ou menos brilhante, conforme o seu grau de pureza.
Freqüentemente confundimos o Espírito com a inteligência ou com o pensamento, mas, na verdade, estas duas coisas são atributos do Espírito.
Os Espíritos estão por toda parte, mas, algumas regiões são interditas aos menos adiantados. A matéria grosseira, como a percebemos, não opõe obstáculo aos Espíritos desencarnados: o ar, a terra, as águas e o fogo lhes são igualmente acessíveis.
Eles se deslocam com a velocidade do pensamento, podendo ter ou não consciência da distância percorrida, dependendo de sua vontade, bem como de sua natureza mais ou menos depurada.
Um mesmo Espírito não se divide, ou seja, não pode existir em muitos pontos ao mesmo tempo. Mas, como cada um é um centro que irradia para diversos lados, um Espírito pode parecer estar em muitos lugares ao mesmo tempo. Dessa forma é que se deve entender o dom da ubiqüidade atribuído aos Espíritos. A força com que irradiam depende do grau de pureza de cada um


5 – O mundo dos Espíritos

Os Espíritos constituem um mundo à parte, fora daquele que vemos, o mundo dos Espíritos, ou das inteligências incorpóreas. O mundo espírita ou dos espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. Os espíritos estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Nem todos, porém, vão a toda parte, por isso que há regiões interditas aos menos adiantados.

6 – Alma ou Espírito

A alma é um Espírito encarnado. As almas e os Espíritos são, portanto, idênticos. As almas não são senão os Espíritos. Antes de se unir ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, os quais temporariamente revestem um invólucro carnal para se purificarem e esclarecerem. A alma é um ser real, individual, independente, autônomo e que sobrevive ao corpo. Tem ela por objeto o crescer em conhecimento e virtudes até tornar-se espírito puro e não mais necessitar de reencarnação.

médium e mediunidade

1 – Definição de Médium

Médium é todo aquele que serve de intermediário para que se processe um fenômeno de comunicação ou atuação dos espíritos.
Essa faculdade é inerente ao homem, sendo derivada de uma predisposição orgânica da glândula pineal (epífise). Não constitui, portanto, privilégio de qualquer ordem. Pode-se, pois, dizer que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em que a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.

2 – Médium e Fenômenos Mediúnicos

Todo fenômenos de manifestação dos espíritos no plano material, seja de que tipo for, necessita da participação de um médium.
Nas comunicações inteligentes, o médium é o veículo e o intérprete do pensamento do espírito comunicante.
Para que a comunicação ocorra, é necessário que os fluidos perispíríticos ou psicosferas do médium e do espírito comunicante se interpenetrem, de modo a formar uma atmosfera fluidico-espiritual comum, através da qual o pensamento e a vontade do espírito age sobre o equipamento mediúnico do médium.
O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos; depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio; não podendo, consequentemente, quando o princípio não existe.
As relações entre os Espíritos e os médiuns se estabelecem por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre os dois fluidos. Combinando os fluidos perispiríticos, os Espíritos não só transmitem aos médiuns seus pensamentos, como também chegam a exercer sobre eles uma influência física, fazem-nos agir e falar à sua vontade.
Podem os espíritos manifestar-se de uma infinidade de maneiras, mas não o podem senão com a condição de acharem uma pessoa apta a receber e transmitir impressões deste ou daquele gênero, segundo as aptidões que possua. Da diversidade de aptidões decorre que há diferentes espécies de médiuns.


3 – A mediunidade é boa ou é ruim

A mediunidade é neutra, ou seja, não é nem boa nem ruim. O seu uso é que determina suas qualidade. Esse potencial nos é dado por Deus para propiciar o nosso desenvolvimento, para que busquemos o conhecimento da verdade e o progresso espiritual, e para que através dela (mediunidade), possamos auxiliar o progresso da humanidade e a evolução de outros irmãos, encarnados e desencarnados.
A mediunidade espírita é aquela voltada ao bem comum e a caridade, e para tal exige do médium a busca constante de seu progresso moral e intelectual, seguindo os preceitos cristãos de vida.
Para sua segurança, de modo a ter em sua companhia entidades elevadas e boas, o médium deve zelar pelo seu equilíbrio e saúde espiritual e física, estando assim sempre em condições de servir ao trabalho do bem e da verdade.
O estudo constante, a disciplina, a vigilância, a prática da caridade e a participação em grupos mediúnicos bem orientados e assistidos, propiciam o desenvolvimento pessoal, e em decorrência, o desenvolvimento da própria mediunidade.
A predisposição mediúnica independe do sexo, da idade e do temperamento, bem como da condição social, da raça, da cultura, da religião, da inteligência e até mesmo das qualidades morais. Todavia, quanto mais elevado for moralmente o médium, melhor instrumento este se tornará à Espiritualidade.

Sopa das Crianças

Dia 25 de Julho, sábado próximo, acontecerá na sede da nossa casa espírita, a sopa das crianças.
Nessa noite será servida às crianças carentes da comunidade Vila Leon uma sopa minestra, com feijão, massa e legumes.
Nossa intenção com este ato é reunir os trabalhadores da casa espírita e a comunidade em torno da caridade para com os que necessitam.
Agradeçemos a Deus por termos a oportunidade de servirmos à este propósito, agradeçemos também a todos os que se dispuseram a ajudar e aos que doaram os alimentos necessários para que este evento ocorra.
Trabalhar na casa espírita é além de poder prestar conforto espiritual aos que já partiram e aos que continuam neste plano, é poder também prestar auxílio caritativo aos irmãos que tem menos do que nós, aos que precisam de alimento, de roupas, enfim, aos que necessitam de coisas básicas...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

SALVE JORGE!

Não podiamos deixar de prestar uma justa homenagem no dia de hoje ao nosso querido e amado São jorge.

São Jorge - O santo guerreiro
Dia: 23 de abril
História
Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.
Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.
Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."
Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.
A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.
Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.
Lendas: um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.
O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.
Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.
Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.
Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.
A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.
A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge...
Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge.
Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.
Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos.
As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.
Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.
O Sr. Cardeal D. Eugenio Sales, assim se pronunciou: "A devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo". Pela palavra do Cardeal Sales sentimos a autenticidade do Culto a São Jorge.
A quem ajuda: é a força de Deus na luta dos excluídos e marginalizados da sociedade.
Oração a São Jorge
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.
Oração a São Jorge II
São Jorge,cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos, ajuda-me a conseguir um bom emprego; faze com que eu seja bem quisto por todos superiores, colegas, e subordinados; que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração, no meu lar e no meu serviço; meus inimigos terão os olhos e não me verão, terão boca e não me falarão, terão pés e não me alcançarão, terão mãos e não e não me ofenderão.
São Jorge vela por mim e pelos meus, protegendo-me com suas armas.
O meu corpo não será preso nem ferido, nem meu sangue derramado; andarei tão livre como andou Jesus Cristo nove meses no ventre da Virgem Maria.
Amém.
Oração a São Jorge III


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A conduta dos médiuns



Podeis, cada um destes que aqui estão, perguntar se há necessidade de se estabelecer normas para conduta dos médiuns, sejam eles já portadores dos conhecimentos teóricos da doutrina espírita ou aqueles que por ora iniciam seus estudos da doutrina deixada para vós pelo Filho do Criador Supremo.

Direi, então, a vós: - é claro que há necessidade!

Podeis, então, buscar em toda a literatura advinda até vós pelos obreiros da espiritualidade, todos os motivos para isto. Não queremos, por ora, tornarmo-nos extensos no ditado destas orientações, mas apenas, trabalhar junto com vós na elucidação de alguns trechos desta vasta obra iniciada, de forma sistematizada, por Kardec.

Senão vejamos: através de Chico Xavier recebestes: “o desenvolvimento mediúnico requer disciplina.”

Mas como disciplina? O que dizer com disciplina?

Disciplina é dedicação a um propósito. Disciplina é manter a rotina. É estar perfeitamente sintonizado com o que precisa ser feito.

Mas, amigo, não nos é dito que também, nós encarnados, temos nossa parcela no desenvolvimento no momento que nos é dado o livre-arbítrio de nossas vidas?

Sim, irmãos. Isto faz parte da tua evolução. Mas deveis encarar o estudo sistematizado da doutrina como parte de sua doutrina, de sua formação tal qual estudas tantas outras coisas para galgar evolução em sua vida material.

Não dedicas grande parte do início de tuas vidas a estudar tantas matérias muitas das quais até nem entende porque dispensas tanto tempo em ouvir falar de suas teorias pois não consegues entender aplicação prática delas, não é mesmo? E no entanto, freqüentas os bancos escolares com a regularidade exigida, fazes os trabalhos orientados por aqueles a quem é dada a atribuição de disseminar as informações, fazes provas de aferição do conhecimento adquirido e até, em alguns casos renovas o aprendizado por não ter alcançado a absorção do conhecimento mínimo exigido para galgar outro degrau.

Pergunto, então, a vocês: porque o estudo da doutrina espírita também não deve seguir esta estruturação como vocês chamam? Porque esta escola tem que navegar como um barco sem vela e sem leme? Não, irmãos, não chegarás a lugar algum se não encontrares, em toda a tua vida, seja ela ali, encarnado ou apenas usando a vestimenta espiritual que o Pai nos concedeu.

É preciso freqüentar os bancos escolares, comparecer à hora determinada, ler as lições, fazer perguntas, trabalhos de casa, provas de avaliação de conhecimento e até repetir de ano quando não conseguires atingir o conhecimento mínimo.

Sabem porque?

Por que acreditamos nós que alguém só pode desempenhar bem uma tarefa se tiver conhecimento de como ela deva ser feita. Como aprender a fazer uma tarefa sem estudá-la? Como fazer bem uma tarefa sem que haja disciplina o seu aprendizado?

Vejam bem: existem organizações que ensinam a manipular máquinas complicadas a operários que muitas vezes não têm conhecimento de física e no entanto eles são treinados para desempenharem bem suas atividades. Sabem porque? Por que, entre outras coisas, ele estará sendo avaliado sobre o desempenho de sua atividade. Se ele não conseguir desempenhá-la a contento, poderá perder seu emprego, poderá até perder a vida. Ou não é?

Muitos de vós sabem que existem tarefas simples mas de alto risco para a vida e tantas outras complexas sem risco de vida, não é? O risco que corres não aprendendo de forma adequada a doutrina espírita, de forma disciplinada, é que não saberás manipular adequadamente esta máquina que lhe foi emprestada para trabalhar pelo Criador. Se não souberes utilizá-la, deixá-la sofrer algum dano, a ti será cobrado o prejuízo, certo?

Aqui queremos deixar para vós, que estão se preparando para ingressarem na Escolinha de Médiuns que está em formação nesta Casa, lembrem-se sempre de que é muito importante, mais do que necessária, imprescindível a disciplina, a dedicação ao estudo e, mais do que estudar: APRENDER.

Você amigo, será um trabalhador qualificado da seara divina, se assim o quiser.

Nós te agradecemos.

Mensagem ditada em: 08.08.1996
pelo espírito: João Evangelista
na Casa de Catarina - RJ

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

VIDA...

Vida É o amor existencial.
Razão É o amor que pondera.
Estudo É o amor que analisa.
Ciência É o amor que investiga.
Filosofia É o amor que pensa.
Religião É o amor que busca a Deus.
Verdade É o amor que eterniza.
Ideal É o amor que se eleva.
Fé É o amor que transcende.
Esperança É o amor que sonha.
Caridade É o amor que auxilia.
Fraternidade É o amor que se expande.
Sacrifício É o amor que se esforça.
Renúncia É o amor que depura.
Simpatia É o amor que sorri.
Trabalho É o amor que constrói.
Indiferença É o amor que se esconde.
Desespero É o amor que se desgoverna.
Paixão É o amor que se desequilibra.
Ciúme É o amor que se desvaira.
Orgulho É o amor que enlouquece.
Sensualismo É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.
CHICO XAVIER

O ESQUEMA DE DEUS

Estamos todos entrosados no Esquema de Deus. Esse esquema nos leva, através do tempo, à paz da eternidade. Mas o conceito estático de eternidade não prevalece no Espiritismo, onde ela aparece como duração. O tempo é a visão fragmentária da duração, um recorte do absoluto para o uso das nossas percepções relativas. Os que se apegam ao relativo, às ilusões do temporário, esquecidos de sua própria transcendência, vivem na inquietação e portanto em guerra consigo mesmos e com o mundo.
O Esquema de Deus é o plano universal da evolução do qual vemos apenas alguns pedaços acessíveis aos nossos sentidos. Mas a nossa mente, que é cérebro da alma, pode perceber além dos sentidos. Por isso, nas experiências parapsicológicas já se comprovou, cientificamente, que podemos ver com nitidez o passado e o futuro, confirmando-se, assim, as pesquisas espíritas de mais de um século.
Os que aprendem a se libertar do relativo para vislumbrar a duração (que é a eternidade em conceito dinâmico) aprendem a superar a inquietação a encontrar a paz.
Pela evolução, nossa mente se abre, como uma flor que desabrocha, para a percepção progressiva do absoluto que nos proporciona a paz. Não a paz do mundo, como ensinou Jesus, mas a paz do espírito. A percepção individual dessa paz se transforma aos poucos, em conquista coletiva, na proporção em que a humanidade se eleva e o mundo se transforma.
Assim, pela evolução dos homens e do mundo, a paz do espírito, que parece individual, se revelará coletiva e universal. É importante sempre nos lembrarmos de que nada e ninguém nos poderá arredar do Esquema de Deus.
Francisco Cândido Xavier

ANO NOVO... VELHOS DESAFIOS


Começamos um novo ciclo de atividades ou apenas continuamos?
O Ano Novo chegou trazendo velhas dificuldades do Ano Velho que se foi. Ano vai, ano vem e o tempo continua sua marcha inexorável.
Essas reflexões nos despertam para a necessidade de continuarmos nossa luta no caminho da evolução.
Não houve uma pausa, um hiato na obra da criação. São apenas experiências vividas que nos remetem a um balanço das realizações.
Vitórias... fracassos...
Sonhos realizados... sonhos desfeitos...
Planejamentos cumpridos... planejamentos deixados a meio do caminho...
Amizades reafirmadas... companheiros que se tornaram adversários...
Encantos... desencantos...
Familiares que se fizeram presentes em todas as horas... familiares que se distanciaram...
Bom ânimo no trabalho, doando-nos por inteiro para que a obra continuasse... desânimo provocado pela incompreensão de alguns...
Encontros... desencontros...
Novas aquisições no campo do conhecimento... mais conhecimento de que muito pouco sabemos...
Mais um ano vivido... menos um ano para viver...
São meditações no campo de nossa participação individual nos círculos em que diretamente operamos, mas existem outras, de amplitude maior, direcionadas ao Mundo, nosso Mundo, o Planeta que habitamos, em cujo contexto enfrentamos os desafios que têm por objetivo nos impulsionar na caminhada evolutiva.
O nosso Mundo foi palco de grandes testemunhos no ano que passou:
Império econômico, que parecia inexpugnável, se viu abalado em sua grandeza, surpreendido pelo terrorismo; criaturas que se fizeram terroristas pelos muitos anos de opressão e anonimato, tornaram-se "notícia"; religiosos empunhando a bandeira do Cristo, matando em seu nome, quando Ele nos ensinou a amar-nos uns aos outros.
Época de grandes desafios!
Desafios na família - como conduzi-la?
Desafios no mercado de trabalho - como garantir o emprego?
Desafios na saúde - como combater o Câncer, a AIDS, as drogas?
Desafios na segurança pessoal - como vencer a violência (no lar, na rua, no trabalho, no lazer)?
Desafios na sexualidade - como usá-la com o devido respeito aos sentimentos próprios e alheios?
Desafios, múltiplos desafios...
Parece que nunca esteve tão claro para nós - vivemos, realmente, o fim dos tempos de um Mundo de expiações e provas. É a fase de transição, onde se patenteia a Lei de Destruição (L.E. 3ª parte - cap. VI) para que a Terra possa ser refeita em outras bases mais sólidas, não com alicerces de pedras, mas com alicerces morais. E para que chegue à Regeneração, isso não se dará sem grandes e dolorosos transtornos, tanto na área política, quanto na social, econômica e moral.
Como nos posicionarmos nesse momento da necessária transformação?
Será que a solução virá através dos estudiosos e tratadistas em direito, política, sociologia, ética, religião, ou virá através da renovação interior do próprio homem?
Somente o homem poderá promover a tão sonhada Regeneração da humanidade e isto só ocorrerá quando se dispuser a fazer bom uso de sua consciência, suas emoções, seus sentimentos, diante dos inúmeros desafios que estará a enfrentar.
Já se iniciou o processo que levará a Terra à condição de mundo de regeneração, com os expurgos que já vêm acontecendo.
Um companheiro espiritual e amigo de nossa Liga Espírita de Campos deixou para nós em 19/11/01, por intermédio da psicografia, o seguinte recado, convidando-nos a refletir:
Se te baterem na face direita, apresenta a outra. Amar os inimigos. Não matar. Ter a fé do tamanho de grão de mostarda e mover montanhas. Ser chamado e escolhido. Perdoar não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Ser bem-aventurado. Atitudes de mansuetude, de brandura, de calma. Amar a Deus, ao próximos e a si mesmo. Não vos preocupar com o dia de amanhã, mas fazer vossa parte hoje. Desafios e desafios para o homem de hoje que usa a modernidade que se estende através das máquinas, da tecnologia... Mas, que é o homem? Que faz ele na Terra de Provas e Expiações? Para que foi criado? "Agora, façamos o homem a minha imagem e semelhança para que ele possa reinar na água, na terra e no céu." Que é que temos feito, meus amigos, com tantas oportunidades? Como temos aproveitado os desafios que têm o propósito de nos ensinar a sermos fortes, destemidos, seguros e confiantes? Desafios que nos têm levado aos momentos de aprendizado do que somos, o que estamos a fazer aqui e para onde vamos após. "Buscais e achareis". O esforço da busca, meus amigos, nos propiciará o reencontro com nós mesmos e com a plenitude de nossos espíritos. O mundo se renova, se transforma. O mundo se modifica e precisamos estar a acompanhá-lo, no esforço, no sentimento e na razão daqueles que querem realmente passar pela porta estreita e encontrar o caminho do dever cumprido para com Deus e com eles mesmos. Os desafios aí estão e Jesus nos convida a crescer. Que busquemos a auto-iluminação na prática do bem, do amor e da fraternidade.
De um amigo espiritualMédium: Rosiléia Belo Pessanha
Por que teimamos em abandonar as suas diretrizes em busca de filosofias outras, mais sofisticadas, tentando distorcer a simplicidade das lições do Mestre?
Renunciar, perdoar, praticar a caridade, livrar-se do orgulho, perseverar no trabalho do bem são os grandes desafios aos quais Jesus nos submete.
Seria bem mais fácil se seguíssemos o nosso modelo - JESUS.
Jesus sendo sábio foi humilde;
Humilhado, perdoou;
Solicitado, curou os enfermos do corpo e da alma;
Perseguido, não fugiu; enfrentou a multidão;
Crucificado, compreendeu a falência moral dos seus acusadores - "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem".

Maria Helena E. Vieira

Carta psicografada em sessão mediûnica

Integra da carta psicografada em sessão mediûnica na casa espírita.



Meu nome é Leonel, vivi com essa mulher á muitos anos atrás, fazem duas vidas que não nos permitem ficar juntos.
Tenho acompanhado sua vida a duas reencarnações. Na época em que vivi com ela uma história tórrida de amor, paixão e traições.
Ela era uma mulher belissíma,sedutora, dançava na Espanha, diante de uma fogueira.
Largou tudo para viver comigo, mas seu espírito aventureiro sempre falou mais alto, era como um animal indomável, por onde passava atraia olhares.
Eu tinha medo de perdê-la. Uma noite, depois de amá-la pela última vez, eu a matei. Preferi vê-la morta do que perdê-la para outro homem.
A partir dessa noite, perambulei, vivi a esmo, até que uma noite tirei minha própria vida, para tentar reencontrá-la.
Foram muitos anos a sua procura, preso, dor e sofrimento, até que meu espírito foi atraído por sua energia, ela me tirou das trevas sem saber, mas eu não tinha mais o direito de estar ao seu lado.
Ela estava reencarnada. A primeira vez que encontrei, era uma mulher, revoltada, amargurada, jamais confiaria em outro homem.
Eu tinha ferido, enganado, e roubei sua vida.
Ela vivia na noite, seduzindo os homens, muitos se apaixonaram por ela, e isso era sua vingança contra mim.Muitos inocentes pagaram meu pecado.
Viveu uma vida solitária até o dia de sua morte.
Nessa vida, acompanhei desde seu nascimento, agora teve a chance de trabalhar sua fé, ter uma família, filhos. Mas seu espírito descontente está sempre a minha procura.
Eu a protejo e defendo de todos os homens. Seu coração é impenetrável. Todos os dias tento me redimir pelo mal que lhe causei.
As suas frustrações e tentativas de suicídio nada mais é que uma procura incanssável de estar ao meu lado.
Não posso deixá-la, se eu me afastar ela tira sua vida e nunca mais ficaremos juntos.Nossas almas se perderão para todo sempre.
Não quero lhe causar mais dor nem sofrimento, por isso venho através suplicar ajuda aos evoluídos para que iluminem nossos passos, para que juntos possamos plantar o bem e colher o amor.

Leonel Martins.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Atividades na casa espírita.

No feriado de 20 de Setembro, uma equipe da casa espírita, esteve nas localidades de Espigão Alto e Jaquirana.
Além de atendimento espíritual nas casas espíritas das localidades, foi efetuada para as famílias carentes, a distribuição dos donativos recolhidos na casa espírita em Caxias.
Agradecemos à todos que contribuem nesta obra de caridade, e lembramos que já estamos angariando brinquedos em bom estado e material escolar para serem distribuídos no natal ás crianças carentes.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O mecânismo do passe



O PASSE

DEFINIÇÃO DE PASSES:
Movimentos com as mãos, feitos pelos médiuns passistas, nos indivíduos com desequilíbrios psicossomáticos ou apenas desejosos de uma ação fluídica benéfica... os passes espíritas são uma imitação dos passes hipnomagnéticos, com a única diferença de contarem com a assistência invocada e sabida dos protetores espirituais (1).

MAGNETIZAÇÃO:

Relacionada com o fenômeno hipnótico. Primeiramente, o “sujet” se entrega e se deixa conduzir pelo agente, numa segunda fase o magnetizador conduz o passivo a um determinado grau de apassivação, e posteriormente atua como fator desencadeante da recuperação, que passa a ser um fator de excitação. Observa-se que a magnetização do paciente, mesmo a estimulada, independe da “técnica” ou da “gesticulação” do operador. Mas depende essencialmente da forma pela qual o sujet se condiciona, se entrega ao transe, se deixa sugestionar (2).

CURADORES E MÉDIUNS CURADORES:

A mediunidade curadora consiste principalmente no dom que certas pessoas possuem de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o recurso de nenhum medicamento. Dirão sem dúvida que isto não é outra coisa senão o magnetismo. É evidente que o fluido magnético desempenha aqui grande papel, mas quando examinado este fenômeno com cuidado, reconhecemos sem dificuldade que há qualquer coisa mais. A magnetização comum é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico, no outro as coisas se passam de modo muito diferente. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, se souberem trabalhar convenientemente, enquanto nos médiuns curadores a faculdade é espontânea, e alguns a possuem sem nunca terem ouvido falar de magnetização (3).



MÉDIUM PASSISTA:

Seria o mesmo que médiuns curadores. Refere-se à sua higienização mental, à necessidade de ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acentuado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino (4).



MECANISMO DO PASSE:

Baseado ainda no fenômeno hipnótico, podemos distinguir, claramente três tipos de campos vibratórios: o do Espírito, o do médium e o do assistido... Estabelecido o clima de confiança qual acontece entre o doente e o médico preferido, cria-se a ligação sutil entre o necessitado e o socorrista e, por semelhante elo de forças, ainda imponderáveis no mundo, verte o auxílio da Esfera Superior na medida dos créditos de um e outro (4).

PASSE ESPÍRITA:

É aquele efetuado pelo médium curador, sob a influência dos Espíritos. Observa-se que o trabalho maior é feito pelos Espíritos.

Resumo da Doutrina espírita

Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.

Criou o Universo que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais. Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal e os seres imateriais o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos.

O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. O mundo corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita.

Os Espíritos revestem, temporariamente, um envoltório material perecível, cuja destruição, pela morte, os torna livres.

Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhes dá a superioridade moral e intelectual sobre outros.

A alma é um Espírito encarnado, do qual o corpo não é senão um envoltório.

Há no homem três coisas: 1o – o corpo ou ser material análogo aos dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2o – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3o – o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.

O homem tem assim duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, dos quais tem o instinto; pela alma, participa da natureza dos Espíritos.

O laço ou perispírito que une o corpo e o Espírito é uma espécie de envoltório semi-material. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro, o Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode, acidentalmente, tornar-se visível e mesmo tangível, como ocorre no fenômeno das aparições.-

O Espírito não é assim um ser abstrato, indefinido, que só o pensamento pode conceber; é um ser real, circunscrito, que, em certos casos, é apreciado pelos sentidos da visão, audição e tato.

Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais nem em força, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade.

Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua aproximação de Deus, a pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem; são os anjos ou Espíritos puros. As outras classes se distanciam cada vez mais dessa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc.; eles se comprazem no mal. Entre eles há os que não são muito bons nem muito maus, mais trapalhões e importunos que maus, a malícia e as inconseqüências parecem ser sua diversão: são os Espíritos estouvados ou levianos.

Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos progridem, passando por diferentes graus de hierarquia espírita.

Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a uns como expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar por várias vezes, até que hajam alcançado a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou depurador, de onde eles saem mais ou menos purificados.

Deixando o corpo, a alma reentra no mundo dos Espíritos, de onde havia saído, para retomar uma nova existência material, depois de um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual permanece no estado de Espírito errante.

O Espírito, devendo passar por várias encarnações, disso resulta que tivemos várias existências e que teremos ainda outras, mais ou menos aperfeiçoadas, seja sobre a Terra, seja em outros mundos.

A encarnação dos Espíritos ocorre sempre na espécie humana: seria um erro acreditar que a alma ou Espírito possa se encarnar no corpo de um animal.

As diferentes existências corporais dos Espíritos são sempre progressivas e jamais retrógradas; mas a rapidez do progresso depende dos esforços que fazemos para atingir a perfeição.

As qualidades da alma são a do Espírito que está encarnado em nós; assim, o homem de bem é a encarnação do bom Espírito, e o homem perverso a de um Espírito impuro.

A alma tinha sua individualidade antes da sua encarnação e a conserva depois da sua separação do corpo.

Na sua reentrada no mundo dos Espíritos, a alma aí reencontra todos aqueles que conheceu sobre a Terra, e todas as suas existências anteriores se retratam em sua memória com a lembrança de todo o bem e de todo o mal que fez.

O Espírito encarnado está sob a influência da matéria; o homem que supera essa influência pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos bons Espíritos com os quais estará um dia. Àquele que se deixa dominar pelas más paixões e coloca toda a sua alegria na satisfação dos apetites grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, dando preponderância à natureza animal.

Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.

Os Espíritos não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda a parte, no espaço e ao nosso lado, nos vendo e nos acotovelando sem cessar; é toda uma população invisível que se agita em torno de nós.

Os Espíritos exercem, sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico, uma ação incessante. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento, e constituem uma das forças da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos, até agora inexplicados, ou mal explicados, e que não encontram uma solução racional senão no Espiritismo.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos solicitam para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suporta-las com coragem e resignação; os maus nos solicitam ao mal: é para eles uma alegria nos ver sucumbir e nos assemelharmos a eles.

As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas ocorrem pela influência, boa ou má, que eles exercem sobre nós com o nosso desconhecimento; cabe ao nosso julgamento discernir as boas e más inspirações. As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, da palavra, ou outras manifestações materiais, e mais freqüentemente por intermédio dos médiuns que lhes servem de instrumento.

Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou por evocação. Podem-se evocar todos os Espíritos: aqueles que animaram homens obscuros, como aqueles de personagens mais ilustres, qualquer que seja a época na qual tenham vivido; os de nossos parentes, de nossos amigos ou de nossos inimigos, e com isso obter, por comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a sua situação no além-túmulo, sobre seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que lhes são permitidas nos fazer.

Os Espíritos são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se alegram nas reuniões sérias onde dominem o amor do bem e o desejo sincero de se instruir e se melhorar. Sua presença afasta os Espíritos inferiores que aí encontram, ao contrário, um livre acesso, e podem agir com toda liberdade entre as pessoas frívolas ou guiadas só pela curiosidade, e por toda parte onde se encontrem os maus instintos. Longe de deles obter bons avisos ou ensinamentos úteis, não se deve esperar senão futilidades, mentiras, maus gracejos ou mistificações, porque eles tomam emprestado, freqüentemente, nomes venerados para melhor induzir ao erro.

A distinção dos bons e dos maus Espíritos é extremamente fácil. A linguagem dos Espíritos superiores é constantemente digna, nobre, marcada pela mais alta moralidade, livre de toda paixão inferior; seus conselhos exaltam a mais pura sabedoria, e têm sempre por objetivo nosso progresso e o bem da Humanidade. A dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconseqüente, freqüentemente trivial e mesmo grosseira; se dizem por vezes coisas boas e verdadeiras, mais freqüentemente, dizem coisas falsas e absurdas, por malícia ou por ignorância. Eles se divertem com a credulidade e se distraem às custas daqueles que os interrogam, se vangloriando da sua vaidade, embalando seus desejos com falsas esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na total acepção da palavra, não ocorrem senão nos centros sérios, naqueles cujos membros estão unidos por uma comunhão de pensamentos para o bem.

A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: “Agir para com os outros como quereríamos que os outros agissem para conosco”; quer dizer, fazer o bem e não fazer o mal. O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta para as suas menores ações.

Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade, são paixões que nos aproximam da natureza animal e nos prendem à matéria; que o homem que, desde este mundo, se desliga da matéria pelo desprezo das futilidades mundanas, e pelo amor ao próximo, se aproxima da natureza espiritual; que cada um de nós deve se tornar útil segundo suas faculdades e os meios que Deus colocou entre suas mãos para o provar; que o Forte e o Poderoso devem apoio e proteção ao Fraco, porque aquele que abusa de sua força e do seu poder, para oprimir seu semelhante, viola a lei de Deus. Ensinam, enfim, que, no mundo dos Espíritos, nada podendo ser oculto, o hipócrita será desmascarado e todas as suas torpezas descobertas; que a presença inevitável, e de todos os instantes, daqueles para com os quais agimos mal, é um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos são fixados penas e gozos que nos são desconhecidos sobre a Terra.

Mas eles nos ensinam também que não há faltas irremissíveis, e que não possam ser apagadas pela expiação. O homem encontra o meio, nas diferentes existências, que lhe permite avançar, segundo seu desejo e seus esforços, na senda do progresso e na direção da perfeição que é seu objetivo final.

Obsessão

A obsessão se caracteriza pela ação de entidades espirituais inferiores sobre o psiquismo humano. Kardec distinguiu, em suas pesquisas, três graus do processo obsessivo: obsessão simples, subjugação e fascinação. No primeiro grau a infestação espiritual atinge a mente causando perturbações mentais; no segundo grau amplia-se aos centros da afetividade e da vontade, afetando os sentimentos e o sistema psico-motor, levando o obsedado a atitudes e gestos estranhos e tiques nervosos; no terceiro grau afeta a própria consciência da vítima, desencadeando processos alucinatórios.

As causas da obsessão decorrem de vários fatores, dos quais os mais freqüentes são: problemas reencarnatórios, tendências viciosas, egoísmo excessivo, ambições desmedidas, aversão a certas pessoas, ódio, sentimentos de vingança, futilidade, vaidade exagerada, apego ao dinheiro e assim por diante. Essas disposições da criatura atraem espíritos afins que a envolvem e são aceitos por ela como companheiros invisíveis. Os espíritos obsessores não são os únicos culpados da obsessão. Geralmente o maior culpado é a vítima.

Na Antiguidade a obsessão era tratada com violência. As práticas do exorcismo, até hoje vigentes no Judaísmo e no Catolicismo, destinam-se a afastar o demônio de maneira agressiva e violenta. No Espiritismo o método empregado é o da persuasão progressiva do obsessor e do obsedado. É o que se chama de doutrinação, ou seja, esclarecimento de ambos à luz da Doutrina Espírita. Não se usa nenhum ingrediente material e nenhum objeto especial. Emprega-se apenas a prece e a conversação persuasiva. Esclarecido o obsedado, atinge-se o obsessor, que ficam, por assim dizer, vacinados contra novas ocorrências obsessivas.

Roteiro para a desobsessão

1 – Ao acordar, diga a si mesmo: Deus me concede mais um dia de experiências e aprendizado. É fazendo que se aprende. Vou aproveitá-lo. Deus me ajuda. (Repita isso várias vezes, procurando manter essas palavras na memória. Repita-as durante o dia).
2 – Compreenda que a obsessão é um estado de sintonia da sua mente com mentes desequilibradas. Corte essa sintonia ligando-se a pensamentos bons e alegres. Repila as idéias más. Compreenda que você nasceu para ser bom e normal. As más idéias e os maus pendores existem para você vencê-los, nunca para se entregar.
3 – Mude a sua maneira de encarar os semelhantes. Na essência, somos todos iguais. Se ele está irritado, não entre na irritação dele. Ajude-o a se reequilibrar, tratando-o com bondade. A irritação é sintoma de obsessão. Não se deixe envolver pela obsessão do outro. Não o considere agressivo. Certamente ele está sendo agredido e reage erradamente contra os outros. Ajude-o que será também ajudado.
4 – Vigie os seus sentimentos, pensamentos e palavras nas relações com os outros. O que damos, recebemos de volta.

5 – Não se considere vítima. Você pode estar sendo algoz sem perceber. Pense nisso constantemente, para melhorar as suas relações com os outros. Viver é permutar. Examine o que você troca com os outros.

6 – Ao sentir-se abatido, não entre na fossa. É difícil sair dela. Lembre-se que você está vivo, forte, com saúde e dê graças a Deus por isso. Seus males são passageiros, mas se você os alimentar eles durarão. É você que sustenta os seus males. Cuidado com isso.

7 – Freqüente a instituição espírita com que se sintoniza. Não fique pulando de uma para outra. Quem não tem constância nada consegue.

8 – Se você ouve vozes, não lhes dê atenção. Responda simplesmente: Não tenho tempo a perder. Tratem de se melhorar enquanto é tempo. Vocês estão a caminho do abismo. Cuidem-se. E peça aos Espíritos Bons, em pensamento, por esses obsessores.

9 – Se você sente toques de dedos ou descargas elétricas, repila esses espíritos brincalhões da mesma maneira e ore mentalmente por eles. Não lhes dê atenção nem se assuste com esses efeitos físicos. Leia diariamente, de manhã ou à noite, ao deitar-se, um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo e medite sobre o que leu. Abra o livro ao acaso e não pense que a lição é só para você. Geralmente é para os obsessores, mas você também deve aproveitá-la. No caso de visões a técnica é a mesma. Nunca se amedronte. É isso que eles querem, pois com isso se divertem. Esses pobres espíritos nada podem fazer, além disso, a menos que você queira brincar com eles, o que lhe custará seu aumento da obsessão. Corte as ligações que eles querem estabelecer com você, usando o poder da sua vontade. Se fingirem ser um seu parente ou amigo falecido, não se deixe levar por isso. Os amigos e parentes se comunicam em sessões regulares, não querem perturbar.

10 – Estude a Doutrina nas obras de Kardec, começando pelo livro Iniciação Espírita.